Internet das coisas (IoT): o que é e como funciona esta tecnologia inovadora

Internet das coisas (IoT): o que é e como funciona esta tecnologia inovadora

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Quando dispositivos do cotidiano se conectam ao digital, com a capacidade de trocar dados com outros dispositivos, realizar tarefas e aumentar a produtividade, estamos falando de uma tecnologia em alto crescimento: a internet das coisas, ou IoT.

A Internet das Coisas é uma tecnologia que possibilita que objetos e dispositivos sejam conectados à internet e computadores. Assim, desde monitores de saúde a itens esportivos (como relógios inteligentes), passando até pela Alexa, da Amazon, atualmente temos vários exemplos de IoT presentes no cotidiano das pessoas.

O impacto é ainda maior para as empresas: leva à otimização de processos, redução de custos e decisões baseadas em dados, além de maior personalização.

Neste conteúdo, vamos nos aprofundar na IoT, explicar como a tecnologia funciona e trazer exemplos da Internet das Coisas, seus principais impactos e desafios.

O que é a Internet das Coisas (IoT)?

A Internet das Coisas, ou Internet of Things (IoT), é a incorporação de sensores, softwares e outras tecnologias a objetos físicos, com o objetivo de se conectar e trocar dados.

Esse conceito está ligado à ideia de “coisas conectadas” à internet: objetos físicos, como lâmpadas, tesmotatos e fechaduras eletrônicas. Assim, o IoT permite que esses dispositivos usados no dia a dia se conectem à rede mundial de computadores.

O conceito não é novo, e foi criado em 1999 pelo pesquisador britânico Kevin Ashton. Porém, foi só na segunda década do século XXI que a expressão passou a designar a conexão entre dispositivos, tanto de sistemas como de serviços.

Como o IoT funciona?

Para funcionar, a Internet das Coisas requer uma estrutura básica de dispositivos físicos equipados com sensores. Esses sensores captam informações do ambiente – como temperatura, luz ou umidade – e são conectados à internet. Através dessa conexão, tais dados são enviados para uma plataforma em nuvem para serem armazenados e processados.

Tecnologias como IA, machine learning e protocolos de rede auxiliam nesse processo, pois analisam em tempo real as informações enviadas para fornecer insights aos usuários.

Quer um exemplo prático?

Vamos falar do uso do termostato inteligente.

Esse dispositivo capta a temperatura do ambiente, transmite esses dados para a nuvem e, conforme os padrões de uso e preferências do morador, ajusta automaticamente a climatização do ambiente para gerar maior conforto e economizar energia.

A conectividade por Wi-Fi, Bluetooth ou redes 5G é o que garante uma comunicação rápida, segura e constante entre dispositivos e servidores de IoT.

Exemplos de uso de IoT no dia a dia

Agora que você entendeu como funciona a Internet das Coisas, é importante conhecer outros exemplos práticos. Com os seus grandes avanços recentes, a IoT é revolucionária e está presente na vida das pessoas de várias formas.

Casas inteligentes

Hoje em dia, todo mundo conhece um amigo ou familiar que tem a famosa Alexa, da Amazon, equipando a residência, não é mesmo?

(Ou essa pessoa pode ser até você mesmo.)

A Alexa é um exemplo de dispositivo bastante ilustre do universo da Internet das Coisas que, a partir de comando de voz, permite às pessoas ligar o ar condicionado, ouvir música, acender as luzes, abrir e fechar cortinas, e muito mais.

Saúde pessoal

Outro exemplo de aplicação de IoT está relacionado com o cuidado com a saúde. Com relógios inteligentes, por exemplo, os usuários podem monitorar a frequência cardíaca, qualidade do sono e a rotina de exercícios.

Com o envio dos dados para a nuvem, é possível acessá-los e visualizá-los em diferentes dispositivos e aplicativos de saúde e fitness. Além de fornecer as principais métricas, essas aplicações às vezes também fornecem insights personalizados.

Carros conectados

Com a Internet das Coisas, o setor automotivo está produzindo carros inteligentes.

Funções como navegação por GPS, assistência de voz, sensores de estacionamento, detecção e alerta de falhas e manutenção preventiva inteligente são só alguns exemplos de funcionalidades úteis da Internet das Coisas nos veículos.

Quais setores utilizam a Internet das Coisas?

De acordo com o relatório “State of IoT 2024”, divulgado pelo IoT Analytics, havia 16,6 bilhões de dispositivos IoT conectados até o final de 2023. Ainda, conforme a Statista, a previsão é que esse número dobre até 2030, com 32,1 bilhões de dispositivos.

O relatório mostra ainda que o uso mais importante são dispositivos de internet e mídia de consumo, como smartphones, nicho em pleno crescimento no qual o número de dispositivos deve crescer para mais de 17 bilhões até 2033.

Com todo esse contexto, vamos conhecer alguns setores onde a IoT está presente.

Saúde

Alguns sensores de IoT permite aos médicos monitorar pacientes fora do ambiente hospitalar. Indicadores como frequência cardíaca, pressão arterial, oxigenação e níveis de glicose no sangue, por exemplo, permitem aos médicos identificar problemas precoces com maior agilidade e ajustar tratamentos à distância.

Indústria

Na indústria, a Internet das Coisas é utilizada em forma de sensores, instrumentos e dispositivos autônomos que oferecem maior eficiência e reduz os custos na fabricação e na prestação de serviços. Nesse setor, a tecnologia ganhou até um nome particular: “IIoT”, sigla que pode ser traduzida como “Internet Industrial das Coisas”.

Agronegócio

Outro setor que aplica a IoT é o agronegócio. Aqui, através de sensores conectados com a rede, os profissionais têm acesso em tempo real a dados sobre o clima, solo, saúde das plantações e informações sobre o rebanho.

A partir do monitoramento das culturas pela IoT, é possível realizar a irrigação sob demanda e fazer uma gestão nutricional certeira, por exemplo. Assim, o produtor pode tomar decisões bem embasadas, otimizar recursos e aumentar a produtividade.

Logística e transporte

O profissional gestor de frotas pode tomar decisões mais inteligentes a partir dos dados obtidos pela IoT. Ele pode rastrear e acompanhar a localização dos veículos da frota, monitorar o comportamento do motorista, antecipar manutenções preditivas e, com a análise de Big Data, tomar melhores decisões futuras.

Varejo e consumo

Para tornar as operações e decisões mais inteligentes, a Internet das Coisas já atua também nos bastidores do varejo. Por isso, os profissionais do setor aplicam sensores IoT e câmeras inteligentes, por exemplo, para monitorar prateleiras e o trajeto dos clientes pela loja, produzindo dados para a tomada de decisão.

De acordo com a Ti Inside, a pressão para reduzir perdas deve levar mais de 40% dos lojistas a aplicar câmeras e sensores inteligentes de autoatendimento, visão artificial e a aplicar etiquetas RFID para controlar seus estoques nos próximos anos.

Empresas e escritórios

As estruturas físicas de uma empresa também têm muito a ganhar com a IoT.

Afinal, a IoT tem um papel importante na melhora da eficiência energética, pois coleta dados sobre o consumo de energia, padrões e desperdícios. Assim, a tecnologia pode ajustar automaticamente a temperatura do ambiente ou iluminação de acordo com a hora do dia, por exemplo, garantindo maior economia de recursos.

Internet das coisas: vantagens e desvantagens

A IoT apresenta muitas vantagens e, ao mesmo tempo, algumas desvantagens sobre as quais as empresas (e pessoas) precisam estar atentas.

Vantagens

É inegável o crescimento desse mercado e a eficiência operacional que promove.

Não é à toa que, dentro de alguns anos, o número de dispositivos de IoT tendem a aumentar tanto. Com dados disponíveis em tempo real, as decisões dos gestores são melhor embasadas, o que torna os processos mais ágeis e eficientes.

Evidentemente, isso é sentido pelo cliente lá na ponta: melhor experiência, personalização e conveniência ao interagir, comprar ou solucionar problemas com uma marca.

Tudo isso além de prevenir falhas com veículos, equipamentos e máquinas que, a partir da manutenção preditiva, garante a eficácia e o cumprimento de prazos. E isso, de novo, reflete na satisfação sentida pelos consumidores.

Desvantagens

Se por um lado a IoT apresenta várias vantagens, como qualquer tecnologia em crescimento, ela também possui pontos menos favoráveis.

A primeira, e talvez mais importante, é em relação à segurança e privacidade dos usuários.

Com um alto volume de dispositivos trocando informações, o risco de ações de criminosos cibernéticos também aumenta. Em alguns casos, falhas de segurança, como ausência de criptografia, compromete ainda mais a segurança contida nos dispositivos.

Outro item que pode ser uma desvantagem são os custos de investimentos para aplicar a Internet das Coisas no negócio. Mesmo com os ganhos previstos no médio e longo prazo, o custo inicial pode ser alto, pois requer a contratação de serviços especializados.

Além disso, como obviamente requer conexão com internet, o sistema às vezes pode ser falho em caso de quedas ou instabilidade de rede. Isso pode comprometer desde as funções domésticas em uma residência quanto atividades na indústria ou saúde.

Por fim, a boa integração entre os dispositivos pode ser afetada em caso de padrões e protocolos diferentes usados pelas fabricantes. Assim, podem ocorrer problemas como interrupção na operação ou criação de silos de dados, difíceis de integrar e analisar.

Conclusão

Neste conteúdo, vimos que a Internet das Coisas é uma tecnologia em plena expansão, com grande potencial de crescimento nos próximos anos. A sua importância atravessa diversos setores, que vão da saúde até o transporte e logística.

Mais do que isso, hoje existe ainda o conceito de cidades inteligentes.

A partir de dispositivos IoT conectados em um centro urbano, as cidades podem se tornar mais amigáveis para a população. Isso inclui desde o rastreio do transporte público, qualidade do ar até estacionamento inteligente.

Já pensou se essa moda pega aí na sua cidade?

Para conferir outros conteúdos sobre tecnologia, inovação e soluções digitais, acesse o blog da Starta e fique por dentro de tudo.

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